DICAS DE PORTUGUÊS

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Como Fazer a Concordância correta

Na língua portuguesa, existem conceitos e regras complicados, pelo menos ao cidadão comum, que não está acostumado com a utilização da língua padrão, e sim com a linguagem cotidiana, solta, despreocupada. Por exemplo, com qual segurança o indivíduo usaria a frase escrita acima? "... conceitos e regras complicados" ou "... conceitos e regras complicadas"? Como saber o certo? Vamos, então, aos estudos:


Quando dois ou mais substantivos forem qualificados por um só adjetivo, deve-se analisar se este funciona como adjunto adnominal ou como predicativo. Como chegar à resposta? Simples: substitua os substantivos por um pronome; se o adjetivo desaparecer com essa substituição, sua função será a de adjunto adnominal; se não desaparecer, será a de predicativo.

Por exemplo: "Existem conceitos e regras complicados". Substituindo os substantivos por um pronome teremos "Eles existem", e não "Eles existem complicados". O adjetivo desapareceu com a substituição; é, então, adjunto adnominal. Já na frase "Considero os conceitos e as regras complicados". Substituindo os substantivos por um pronome teremos "Considero-os complicados". O adjetivo não desapareceu; é, então, predicativo. E como qualifica o objeto direto, denomina-se predicativo do objeto.

ADJETIVO COMO ADJUNTO ADNOMINAL

Após os substantivos

Quando o adjetivo funcionar como adjunto adnominal e estiver após os substantivos, tanto poderá concordar com a soma destes quanto concordar apenas com o elemento mais próximo. Por isso a frase apresentada inicialmente tanto poderá ser escrita "Existem conceitos e regras complicados" quanto "Existem conceitos e regras complicadas".

Outros exemplos: "Ela escolheu coordenador e assistente péssima" ou "Ela escolheu coordenador e assistente péssimos"; "Encontrei colégios e faculdades ótimas" ou "Encontrei colégios e faculdades ótimos". O adjunto adnominal concordará apenas com o elemento mais próximo, se a qualidade pertencer somente a este (P. ex.: Comprei cerveja e carne bovina), se os substantivos forem sinônimos (P. ex.: Magoaram o povo e a gente brasileira) ou se formarem gradação (P. ex.: Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho).
Antes dos substantivos

Quando o adjetivo funcionar como adjunto adnominal e estiver antes dos substantivos, concordará apenas com o elemento mais próximo. Por exemplo: "Existem complicadas regras e conceitos"; "Ela escolheu péssima assistente e coordenador"; "Encontrei ótimas faculdades e colégios".

Quando houver apenas um substantivo qualificado por dois ou mais adjetivos, haverá duas possibilidades de construção: colocar o substantivo no plural e enumerar os adjetivos no singular, ou colocar o substantivo no singular e, ao enumerar os adjetivos, também no singular, antepor um artigo a cada um, menos no primeiro deles. Por exemplo: "Ele estuda as línguas inglesa, francesa e alemã" ou "Ele estuda a língua inglesa, a francesa e a alemã"; "As seleções brasileira, italiana e argentina estão prontas para o torneio" ou "A seleção brasileira, a italiana e a argentina estão prontas para o torneio".

ADJETIVO COMO PREDICATIVO

Com o verbo após o sujeito

Se adjetivo funcionar como predicativo do sujeito, este concordará com a soma dos elementos. Por exemplo: "A casa e o quintal estavam abandonados"; "A casa e o quintal, abandonados, foram invadidos pelos garotos"; "Abandonados, a casa e o quintal foram invadidos pelos garotos".

Com o verbo antes do sujeito

O predicativo do sujeito acompanhará a concordância do verbo, que tanto concordará com a soma dos elementos quanto com o mais próximo. Por exemplo: "Estava abandonada a casa e o quintal" ou "Estavam abandonados a casa e o quintal"; "Parecia perdida a garota e os irmãozinhos" ou "Pareciam perdidos a garota e os irmãozinhos".

ADJETIVO COMO PREDICATIVO DO OBJETO

É mais aconselhável concordar com a soma dos substantivos. Por isso o mais indicado é "Considero os conceitos e as regras complicados", "Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e seus subordinados" e "Julgo culpados pela derrota o treinador e os jogadores". Há gramáticos, porém, que admitem a concordância apenas com o elemento mais próximo.

Concordando o verbo com o Sujeito

A concordância verbal é um dos aspectos gramaticais mais temidos pelos estudantes. A única maneira de usar o verbo convenientemente, em relação à concordância, é raciocinar, encontrar o sujeito a que o verbo se refere, a fim de deixar este no mesmo número e pessoa que aquele. Hoje estudaremos apenas alguns casos especiais.




Concordância verbal consiste no estudo do verbo quanto à maneira como ele deverá surgir na frase (singular ou plural), dependendo de qual elemento seja o sujeito da oração, ou até dependendo da própria existência do sujeito. Se o sujeito for um substantivo singular, o mesmo ocorrerá com o verbo; se for um termo no plural, o verbo também o será. Por exemplo: "O prédio ruiu"; "Os bombeiros chegaram". Para se encontrar o sujeito, pergunta-se ao verbo "Que(m) é que...?".



CASOS ESPECIAIS:



Verbo SER: Decerto, se apresentarem a frase "O vestibular são as esperanças dos estudantes" a maioria dirá que há inadequação, pois "O vestibular são..." parece estar errado, não é mesmo?



Mas está certo, pois o verbo ser, quando tiver como sujeito e como predicativo do sujeito elementos numericamente diferentes (um no singular, outro no plural), deverá concordar com o plural, não importando a sequência em que os elementos se encontrem na oração.



Ex.:"O mundo dela são as suas bonecas"; "Nem tudo são alegrias na vida".



Essa concordância só não ocorrerá, se o sujeito for um nome próprio ou indicar pessoa; nesse caso, o verbo ser concordará com a pessoa.



Ex.:"O homem é cinzas"; "Mariella é as alegrias da família".



Outro caso especial do verbo ser ocorre em frases que indicam quantidade: Qual é o certo? "Trezentos gramas de carne é (ou são) o suficiente para esse prato"? A resposta é "Trezentos gramas de carne é o suficiente", porque o verbo ser ficará no singular, quando o predicativo for uma expressão como "muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, demais...".



Ex.:"Duzentos mil reais é muito para essa casa"; "Quatro voluntários é o bastante para realizar o serviço".



O verbo ser também pode ser impessoal, ou seja, pode apresentar-se sem sujeito. Isso ocorrerá quando indicar horas, datas ou distâncias.Ao indicar horas ou distâncias, o verbo ser concordará com o numeral a que se refere; ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular, quanto no plural, com exceção do primeiro dia do mês; nesse caso, ser ficará no singular.



Ex.:"É uma hora"; São duas horas"; "É um quilômetro daqui até lá"; "São dois quilômetros daqui até lá"; "É vinte e nove de agosto"; "São vinte e nove de agosto".



Que você diria da frase"Bateram dez horas o relógio da matriz"? Certa ou errada?Errada!



Os verbos DAR, BATER e SOAR concordam com o sujeito (relógio, torre, campanário, sino), a não ser que esses elementos estejam com a preposição em; nesse caso, não funcionarão como sujeito, e os verbos passarão a concordar com o numeral.



Ex.:"Bateram dez horas no relógio da matriz"; "Bateu dez horas o relógio da matriz"; "Soaram quatro horas no sino"; "Soou quatro horas o sino".



"Viva os jogadores!" Quem nunca gritou frase desse tipo algum dia? Quem nunca cometeu esse erro? Erro, porque o verbo VIVER, nas orações optativas, deve concordar com o sujeito, que sempre estará posposto ao verbo.



Ex.: "Vivamos nós!"; "Vivam os artistas!".



Vivam as borboletas que parece bailarem quando voam! Quê?! "parece bailarem"? Exatamente.Tanto se pode dizer "parece bailarem" quanto "parecem bailar".



Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo e o sujeito for um elemento no plural, ou flexiona-se o verbo parecer, ou o infinitivo.



Ex.: "As borboletas parecem bailar"

(sujeito) (locução verbal)



Já em "As borboletas parece bailarem" o sujeito de "parece" é "as borboletas bailarem", denominado de oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, e o verbo parecer é intransitivo.



Essa última construção é equivalente a"Parece que as borboletas bailam", retirando-se a conjunção "que" e colocando-se o verbo no infinitivo.